quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Nota

Triste de não saber explicar, nem querer, nem tentar. Triste  como quando deixo minha sobrinha na varanda e percorro a distância de uns quatro meses longe dela. Triste sem solução, pois sem um motivo bom e sem precisar de um. Triste a aponto de varrer a casa sem estar suja, a ponte de arrumar o armário sem que mamãe tenha reclamado, triste de fazer chá sem ter vontade de beber. Triste de pegar um trem e nunca mais descer, de subir uma montanha sem mapa, de não responder a mensagem que parecia importante. Triste de dormir com velas acesas. Triste de não chorar.

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