sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

imortal ou como morder a maçã

E se eu pudesse recomeçar agora
          Por dentro
não por fora
           De cara com o muro entendi que a porta que não fechei ontem
é a mesma que me serve agora
(Quando eu gostaria de caminhar por uma dimensão onde os obstáculos só podem ser tocados com a mente)


E se eu pudesse criar  minhas leis -sem precisar de justiça-
Tenho a impressão de que a justiça inventou o eu e envenenou o ethos

O que é ethos?
 
Guardo a ligeira impressão de que ninguém mais se olhou tão de perto quando descobriu que tinha direitos.
E se eu pudesse esquecer todos os meus desejos por um único propósito: Não ter desejos!
Seria outro desejo?
Lembro de algum momento onde não pude ver meus próprios passos porque estava com os olhos fixados no lugar onde queria chegar, e cheguei. De alguma forma não estava preocupada comigo, poderia ter caído, mas não cai, já tinha aceitado a queda como consequência da pressa, mas não me importei, e fui tão cega que não seria mais capaz de reconhecer o caminho.

E se eu pudesse me desfazer
Morrer agora
Ser útil sem pretensão
-é isso que chamam adubo? -





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