domingo, 12 de julho de 2009

...


Foi combinado.
a janela semi aberta deixou que o sol iluminasse minha cama.
Os raios quentinhos deixavam o branco dos lençóis com uma luz tão bonita que senti como se tivesse dormindo em cima de uma nuvem.
Agarrei com mais força o travesseiro, sem querer ter acordado, quase pude ver minha cara de quem pede mais 5 minutinhos ou mais uma horinha = )
Mas só havia um silêncio, nada de sono, talvez uma preguiça digna de segunda feira.
Fiquei quieta mexendo nos meus cabelos, tinham cheiro de camomila,
abria os cachos para todos os lados da cama. vendo do alto talvez formassem um girassol ou qualquer outra coisa mais despenteada.
Quando já desistia do meu ócio ouço a introdução de uma música, depois de ter identificado qual era pensei '' que covardia'' aquela era a única música que não queria ouvir, não naquele momento. Ela me faz lembrar que não posso, e não poder me machuca.
Aos poucos fui cedendo, me espalhando pela cama, sem mãos nos cabelos, sem brilho no corpo...
Apenas água.Nos olhos, depois no rosto e por fim no travesseiro.
que os sonolentos e quentinhos raios de sol as levem pro céu, não como o calor que faz evaporar mas como o sonho que eleva.

Um comentário:

Rafael Assis disse...

Desse jeito
serão minhas
as próximas águas
que o sol
terá de levar
em forma de sonho.

Beijinhos