terça-feira, 2 de outubro de 2012

Para as grades que os olhos servem

Olha,
estou saindo da nossa casa com os pés encharcados de lama
sem querer te derramo no meio do caminho
vez por outra apago as pegadas
e ainda que mais tarde tudo seja branco
basta olhar para trás e ver que nos desenhamos 
nas estradas.

Eu falo de mais
digo até o que não disse
até o que não deveria dizer
É vontade seca de ficar mais contigo
e deixar, ainda que tarde, meu roteiro grudado em você


Eu te amo
aqui de longe
sempre soube que sou feita de vento
mas o que me escapa por falta de tempo
não me escapa do pensamento


...

só pra esclarecer
o título nada tem a ver com o tema
mas para quem está do outro lado
até isso faz parte do poema.

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